Após desistir de concorrer ao cargo de governador de São Paulo este ano, Guilherme Boulos (PSOL) considera que sua candidatura à Câmara dos Deputados contribuirá para “ampliar a bancada do partido”. Em uma entrevista à CNN, o agora candidato a deputado federal expressou sua expectativa de “pelo menos dobrar a bancada do PSOL em São Paulo e também em nível nacional”.
Ele afirmou: “A eleição deste ano será uma batalha muito árdua, tanto para conquistar mais assentos na Câmara e no Senado, quanto para vencer o governo de São Paulo e encerrar a hegemonia do PSDB, e, acima de tudo, para tirar Bolsonaro da Presidência e eleger Lula”.

Boulos explicou que tomou a decisão de concorrer à Câmara após consultar colegas de partido e movimentos sociais e listou como prioridades ampliar a representação da esquerda no Congresso Nacional, impedir a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e “derrotar o bolsonarismo e o centrão na Câmara dos Deputados”.

Ele destacou a importância de eleger deputados federais que coloquem em foco a necessidade de um Congresso diferente, afirmando: “Este ano, não estamos apenas em uma eleição; estamos lutando para tirar o Brasil da situação difícil em que se encontra. O que está em jogo neste ano vai além das divisões partidárias, e acho que é importante deixarmos nossas diferenças de lado para seguir esse caminho”.

Em relação à disputa pelo governo de São Paulo, Boulos ressaltou a importância da unidade em torno de uma única candidatura no campo progressista, destacando a competitividade da candidatura de Fernando Haddad (PT) até o momento e a necessidade de vencer a hegemonia do PSDB no estado.

Quanto às eleições municipais de 2024, ele espera que haja uma unidade no campo progressista, mas não confirmou sua candidatura à prefeitura, afirmando que seu foco está em 2022.

Por fim, como candidato a deputado federal, Boulos mencionou seu objetivo de se tornar o deputado federal mais votado da história do Brasil, atualmente detido por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que conquistou mais de 1,84 milhão de votos nas eleições de 2018. Ele vê isso como um desafio simbólico significativo.